sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O choro do riso dos rios

Texto começado em 03/10/2008 após uma apresentação de música de uma garnde amiga e só escrito em 30/10/2008.

O choro do riso dos rios
Parte I
O riso do rio,
o choro do rio.
Rio e choro.
Choro o rio no riso do choro.
Choro rios, rio de choros.
O riso não controlo, não crio,
mas o rio crio com choro e riso.
Magico o riso choroso do rio.
Crio e descrio, creio e descreio.
O riso do rio é o choro da alegria,
[em alguns lugares...
Marcos Alexandre Andreozzi Müller

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O tudo vazio

O tudo vazio

Olho para tudo e não vejo nada
olho para o nada e nada vejo.
Será que vejo?
Todos dizem que está aí...

Me olho e nada vejo,
Olho minha imagem e vejo...
um ponto perdido no nada,
ou seria no tudo?
Estou aqui, apenas eu.

Todos me veêm, mas
não enxergo ninguém.
Recluso-me, numa
constante batalha contra mim,
buscando o personagem que sou.

Vejo um mundo vazio de tudo,
todo vazio,
nada cheio,
cheio de nada,
eis minha vida.

Marcos Alexandre Andreozzi Müller

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Vaga-Lumes

Vaga-Lumes


A noite se aproxima,
as casas vão se escurecendo,
as pessoas se recolhendo, mas
dois pontos de luz permancem.

Seus olhos,
a iluminar o poeta
na solidão que escreve
sobre si e para ti.

Seus olhos o iluminam,
lhe mostram o caminho,
mas o caminho é com pedras
para ultrapassar e subir na mais alta.

Do ponto mais alto, enxergará
uma luz ainda acesa, que não dorme.
Será a dela?
Em que estará pensando?
Por que nao dormiu?

Do outro lado, ele
lembra de como seus olhos brilham,
parecem dois vaga-lumes,
uma estrela num céu vazio.
Ah, como brilham...

A noite vai passando,
a cidade despertando,
todos acordando e quando
ele vê de cima da pedra que
ela já dormiu, sonhando,
com o que?Com quem?

E ele não dorme, aguarda a noite,
ansioso, disposto,
corajoso, desejoso
para que possa escrever,
imaginando a sua imaginação.

Marcos Alexandre Andreozzi Müller

domingo, 4 de maio de 2008

2 Meses


2 Meses
Hoje faz dois meses que a conheci,
um ônibus que mudou tudo,
ensinou-me a viver
aprendi que somos frágeis perante o coração.
Perdi-a quando tudo estava dando certo,
mas na vida é assim.
Se não aprendemos com o amor,
aprendemos com a dor,
porém aprendi na dor do amor.
Será mesmo que apendi?
De vez emquando lembro dela pois
não foi um sentimento qualquer
apesar de efêmero, foi marcante.
Aprender com a dor do amor é triste
e nunca passa, ferida aberta que não cura
dor que não tem remédio, que ninguém cura.
Será que o tempo, talvez, cure?
Quando a vejo, tudo volta à tona.
Quando ouço música, a melodia desenha seu rosto.
Quando leio, palavras emanam com sua voz.
Quando danço, sinto seus passos a me guiar.
Sempre terei os melhores momentos na lembrança,
esquecê-los não valerá a pena,
esquecê-la apesar de ser difícil é necessário.
Que o tempo a leve, da mesma forma que a trouxe.
Marcos Alexandre Andreozzi Müller
PS: Escrito em 11 de Abril de 2008