quinta-feira, 24 de julho de 2008

Vaga-Lumes

Vaga-Lumes


A noite se aproxima,
as casas vão se escurecendo,
as pessoas se recolhendo, mas
dois pontos de luz permancem.

Seus olhos,
a iluminar o poeta
na solidão que escreve
sobre si e para ti.

Seus olhos o iluminam,
lhe mostram o caminho,
mas o caminho é com pedras
para ultrapassar e subir na mais alta.

Do ponto mais alto, enxergará
uma luz ainda acesa, que não dorme.
Será a dela?
Em que estará pensando?
Por que nao dormiu?

Do outro lado, ele
lembra de como seus olhos brilham,
parecem dois vaga-lumes,
uma estrela num céu vazio.
Ah, como brilham...

A noite vai passando,
a cidade despertando,
todos acordando e quando
ele vê de cima da pedra que
ela já dormiu, sonhando,
com o que?Com quem?

E ele não dorme, aguarda a noite,
ansioso, disposto,
corajoso, desejoso
para que possa escrever,
imaginando a sua imaginação.

Marcos Alexandre Andreozzi Müller

2 comentários:

Unknown disse...

Muito bonito, Marcos ! Gostei mesmo. beijos!

Mônica disse...

eu gostei muito desse...achei vários versos muito profundos, mas cuidado pra naum se perder em determinadas partes...
=]