A noite se aproxima,
as casas vão se escurecendo,
as pessoas se recolhendo, mas
dois pontos de luz permancem.
Seus olhos,
a iluminar o poeta
na solidão que escreve
sobre si e para ti.
Seus olhos o iluminam,
lhe mostram o caminho,
mas o caminho é com pedras
para ultrapassar e subir na mais alta.
Do ponto mais alto, enxergará
uma luz ainda acesa, que não dorme.
Será a dela?
Em que estará pensando?
Por que nao dormiu?
Do outro lado, ele
lembra de como seus olhos brilham,
parecem dois vaga-lumes,
uma estrela num céu vazio.
Ah, como brilham...
A noite vai passando,
a cidade despertando,
todos acordando e quando
ele vê de cima da pedra que
ela já dormiu, sonhando,
com o que?Com quem?
E ele não dorme, aguarda a noite,
ansioso, disposto,
corajoso, desejoso
para que possa escrever,
imaginando a sua imaginação.
Marcos Alexandre Andreozzi Müller
2 comentários:
Muito bonito, Marcos ! Gostei mesmo. beijos!
eu gostei muito desse...achei vários versos muito profundos, mas cuidado pra naum se perder em determinadas partes...
=]
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